Comunidade Escolar da Amilton Monteiro diz não ao Regime de Tempo Integral em Plebiscito realizado no Parque Tancredão

Comunidade escolar rejeita regime de tempo integral na Escola Amilton Monteiro em plebiscito.

No domingo, 8 de dezembro de 2024, a comunidade escolar da Escola Amilton Monteiro, em Vitória, manifestou oposição ao regime de tempo integral em um plebiscito realizado pela Associação de Moradores do bairro Mário Cypreste. A votação, que ocorreu das 8h às 14h em frente ao Parque Tancredão, teve um resultado unânime: 24 votos contra e nenhum a favor.

O evento foi realizado na rua após o uso do auditório do Ginásio do Tancredão ser vetado pela Secretaria de Governo (SEGOV). Segundo Thór, o Pagodeiro do Amor e presidente da Associação de Moradores, o veto, atribuído a um assessor especial da SEGOV, buscou dificultar a realização da consulta popular.

A votação realizada na Escola Amilton Monteiro, organizada pela Secretaria Municipal de Educação (SEME), terminou com um placar apertado de apenas 8 votos de diferença: 95 a favor e 87 contrários à implementação do regime de Tempo Integral.

Diante das dúvidas e questionamentos levantados pela comunidade sobre o resultado, o presidente da associação de moradores convocou um plebiscito local. Nesse processo, a comunidade foi categórica, registrando 24 votos contra e nenhum a favor da proposta de Tempo Integral.

A disparidade entre os resultados destaca a importância de um debate mais aprofundado e participativo para atender às demandas reais da comunidade escolar.

 

Os pais apontaram falta de condições para a implantação do regime integral, citando problemas estruturais, como a ausência de climatização nas salas de aula e a precariedade do prédio. Além disso, destacaram as obras programadas para a quadra da escola, que dificultariam a segurança e o funcionamento pleno das atividades escolares.

“A escola não tem condições de receber o regime integral. Precisamos de clareza sobre as atividades previstas e de uma estrutura adequada. Acreditamos no bom senso do prefeito Lorenzo Pazolini para rever essa decisão e respeitar a vontade da comunidade,” disse um dos pais.

Thór reforçou a necessidade de ouvir a comunidade e anunciou que levará o caso ao Ministério Público, à Procuradoria do Município e ao prefeito Lorenzo Pazolini:

“A posição da comunidade escolar é clara. Não podemos ignorar os riscos e as dificuldades que surgirão com o início das obras na quadra e a falta de estrutura física da escola. Confiamos que o prefeito, como um democrata, saberá reconsiderar essa decisão e atender à vontade dos pais,” afirmou Thór.

A comunidade escolar agora espera um posicionamento oficial das autoridades, enfatizando a importância de respeitar a realidade local e garantir que o regime integral só seja implementado em condições adequadas.