Qual é o primeiro sintoma da nova variante EG.5, conhecida como Éris, que se espalhou pelos Estados Unidos e já domina a Europa, aumentando 80% dos casos de covid-19 no mundo?
De acordo com o neurocirurgião Julio Pereira, essa é uma subvariante muito nova, que virou uma variante de interesse, sendo notificada para todos os países no final de julho.
Ou seja, uma situação muito recente.
Por outro lado, segundo Pereira, a Éris é uma variante que cresceu muito em território norte-americano e europeu, possibilitando a coleta de informações sobre a doença.
CASOS NO BRASIL
De acordo com o Extra, o Brasil confirmou na quarta-feira, dia 30 de agosto de 2023, mais dois casos da variante EG.5 da Covid-19, uma subvariante da Ômicron, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
O paciente não tinha histórico de viagem, ou seja, existe uma transmissão local do vírus. No Distrito Federal, uma criança com menos de 2 anos também recebeu a confirmação. Ela chegou a ficar internada, mas já recebeu alta médica.
Atualmente, segundo o Extra, esse é a variante mais comum no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou a nova cepa em mais de 50 países.
TRANSMISSÃO LOCAL
O Rio de Janeiro identificou a presença local da variante Éris, conforme confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade e pelo laboratório de sequenciamento genético da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com o Extra, o primeiro caso foi registrado em um homem de 46 anos, que teve sintomas leves, ficou em isolamento domiciliar e se recuperou totalmente. Esse paciente não tinha histórico de viagem, sugerindo uma transmissão local da subvariante Éris.
A SMS do Rio ressaltou a importância da imunização, especialmente a dose de reforço da vacina bivalente contra a Covid-19, visto que o paciente em questão não a havia recebido.
Porém, mesmo com uma alta cobertura vacinal inicial na cidade, a proteção diminui com o tempo, tornando a dose de reforço essencial.
No Distrito Federal, também foi detectada a presença da subvariante Éris da Ômicron pela primeira vez.
O caso foi registrado em uma criança com menos de 2 anos, que foi tratada no Hospital Materno Infantil de Brasília e recebeu alta.
Segundo o Extra, as autoridades de saúde afirmaram que não há motivo para preocupação imediata, pois a rede de saúde do DF detectou a subvariante de forma eficaz.
Embora a variante Éris seja altamente contagiosa, até agora não demonstrou ser um grande risco para a maioria da população, de acordo com autoridades locais.
O Brasil confirmou seu primeiro caso da nova variante da Covid-19 em São Paulo, em uma paciente de 71 anos.
A vacinação continua sendo a medida principal de proteção, e é recomendada a atualização das doses de reforço para prevenção da doença.
Além disso, as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, como o uso de máscaras, o isolamento de pacientes infectados e a adoção de precauções em locais fechados e aglomerações, continuam sendo importantes, especialmente para grupos de risco.
VACINAÇÃO NO RIO
Todas as pessoas maiores de 12 anos precisam realizar a imunização, que mantém a proteção contra casos graves da doença.
“É importante destacar que a cidade do Rio alcançou alta cobertura vacinal, atingindo 98% no esquema inicial (primeira e segunda dose). No entanto, a proteção vai caindo ao longo do tempo, o que torna indispensável tomar a dose de reforço”, alerta a secretaria.
No Rio, as vacinas estão disponíveis nas 238 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde).
Além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, que funciona todos os dias, de domingo a domingo, das 8h às 22h, e nos postos extras espalhados pela cidade.
DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal também detectou pela primeira vez a presença da nova subvariante da Ômicron. A paciente é uma bebê com menos de 2 anos que foi atendida no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) em 11 de agosto.
De acordo com o Extra, com sintomas respiratórios, a criança foi internada, tratada e recebeu alta no dia 14.
“Ao todo, a Secretaria de Saúde analisou 30 amostras de exames de diferentes regiões administrativas, porém, somente o caso da bebê atendida no HMIB foi positivo para a nova subvariante”, disse a pasta, em nota.
Para o subsecretário de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, Divino Valero Martins, não há motivos para a população se preocupar, no momento.
“Estamos atentos a questões das variantes da Ômicron. Essa ação demonstra a eficácia da rede de saúde do DF ao detectar, quase em tempo real, uma subvariante por meio das unidades sentinelas e do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal)”, disse ele ao Extra.
Embora seja altamente contagiosa, a mutação não demonstrou sinais de grande risco para a maior parte da população, ainda de acordo com Martins.
Até o momento, os relatos são de sintomas muito parecidos com os causados pela Ômicron original.
LISTA: VEJA QUAIS SÃO
– Febre
– Dor de cabeça
– Dor no corpo
– Dor de garganta
– Nariz escorrendo
PRIMEIRO CASO
O primeiro caso da nova variante da Covid-19 no Brasil foi confirmado na noite do dia 17 de agosto, em São Paulo. Uma paciente do sexo feminino, com 71 anos de idade, residente na zona sul da capital paulista, recebeu o diagnóstico.
Os primeiros sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça começaram em 30 de julho, sendo que ela fez a coleta para exame laboratorial em 8 de agosto.
Segundo o Extra, a mulher chegou a dar entrada em unidade hospitalar privada no dia 3 de agosto, mas teve alta médica no dia seguinte.
Na ocasião, a paciente tinha o esquema completo de vacina contra a Covid-19 monovalente e ainda não havia se vacinado com a dose de reforço bivalente.
IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, para evitar casos graves, a vacinação é a principal medida de proteção.
“A recomendação da vacinação como principal medida de combate à Covid-19 se torna cada vez mais importante, com atualização das doses de reforço para prevenção da doença”, disse em comunicado.
Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. Ainda conforme o ministério, a recomendação também vale para pessoas com sintomas gripais.