A Justiça Eleitoral, por meio da juíza Walméa Elyze Carvalho Pepe de Moraes, da 7ª Zona Eleitoral de Baixo Guandu-ES, determinou a suspensão das pesquisas ES-04126/2024 e ES-00735/2024. A medida foi tomada após a constatação de sérias irregularidades na condução dos levantamentos, que comprometiam a consistência e a credibilidade dos dados apresentados.
A pesquisa ES-00735/2024, amplamente divulgada nas redes sociais por Neto Barros como “Nossa Pesquisa”, apontava o candidato à frente nas intenções de voto. No entanto, a falta de precisão na coleta e análise dos dados levantou dúvidas quanto à veracidade dos resultados, resultando na suspensão judicial. Segundo a Justiça Eleitoral, as falhas detectadas ferem as normas que garantem a fidedignidade das pesquisas eleitorais, o que torna os resultados pouco confiáveis.
Além disso, Neto Barros gerou polêmica no município ao impedir a realização da tradicional festa dos evangélicos e tentar proibir também a celebração do Dia das Crianças. Essas ações foram vistas como um sinal de falta de sensibilidade pública e desrespeito às tradições locais, o que gerou forte descontentamento em parte da população, especialmente entre as comunidades religiosas e famílias que aguardam essas festividades anualmente.
Divergência com outras pesquisas
Os números apresentados por Neto Barros contrastavam diretamente com pesquisas de institutos consolidados, que traziam resultados bastante diferentes. Por exemplo, o levantamento ES-01304/2024, conduzido pelo instituto E. G. Saloto nos dias 8 e 9 de julho, indicava o atual prefeito Lastênio Cardoso na liderança, com 49% das intenções de voto, seguido de Neto Barros com 25% e Saulo Bussular com 5,8%.
Outro estudo, realizado nos dias 20 e 21 de agosto pela Direta Propaganda e Eventos Ltda (ES-03414/2024), confirmou a tendência de vantagem para Lastênio, agora com 63,49%, enquanto Neto Barros aparecia com 26,97% e Saulo Bussular com 8,55%. A discrepância entre esses resultados e os apresentados na pesquisa suspensa reforçou as dúvidas sobre a credibilidade dos dados divulgados por Neto Barros(PP).