Ativista social, empresário e presidente de comunidade rompe com o prefeito de Vitória, denuncia traições, acordos obscuros e uso da máquina pública para viabilizar um projeto pessoal de poder.
O ativista social, empresário e presidente de comunidade Thór, o Pagodeiro do Amor, que por anos caminhou ao lado do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, resolveu romper o silêncio.
Em entrevista contundente, Thór expõe sua profunda decepção com o prefeito que, segundo ele, tem deixado de lado os compromissos com Vitória para perseguir um projeto pessoal rumo ao Palácio Anchieta — mesmo que para isso precise “fazer pacto até com o diabo”.
“Fui leal, mas ele traiu os princípios”
“Apoiei Pazolini com lealdade. Em 2020, no segundo turno. Em 2024, atuei diretamente nas articulações que garantiram sua vitória no primeiro turno. Mas depois que venceu, ele abandonou Vitória para correr atrás de ser governador.”
Prefeito abandonando a cidade no horário do expediente
“Na data de hoje, 17 de junho de 2025, ele estava em Cachoeiro, às 14h30 da tarde, dando entrevista numa rádio. Ou seja, está abandonando o executivo de Vitória no horário de expediente. É melhor que ele se desecompatibilize do cargo logo, porque está fazendo um escárnio com a cara da população de Vitória.
Nós pagamos o salário dele para ele ficar aqui. Se ele quiser fazer política, que faça no final de semana, não no horário de expediente. Isso é ilegal e imoral,” disse Thór.
Pesquisas eleitorais manipuladas
“Começaram a impulsionar pesquisas que o colocavam na frente, mas sem base técnica, sem campo real.
São pesquisas duvidosas, inconsistentes e ilegais, usadas para tentar enganar a opinião pública.”
“Está fazendo pacto até com o diabo”
“Nomeou Soraya Manato como parte de acordo político. Ela é esposa do ex-deputado federal Carlos Manato, duas vezes derrotado ao governo, envolvido em escândalo sexual com uma modelo, e apontado como integrante da Escuderia Detetive Le Cocq, um dos esquadrões da morte mais cruéis dos anos 90.

Pazolini está cercado de gente do mal.”
Cabide de emprego e barganha política
“A Prefeitura de Vitória virou moeda de troca. Um exemplo é o coronel Alexandre Ramalho, que foi candidato a prefeito de Vila Velha pelo PL. Hoje está nomeado como secretário municipal do Meio Ambiente. Perdeu nas urnas e ganhou cargo como prêmio.”
Máquina pública usada para fins pessoais
“Tem gente nomeada só pra fazer campanha digital.
Passam o dia inteiro em grupos de WhatsApp promovendo o prefeito e atacando adversários. Isso é desvio de função.
A gestão está cheia de militantes travestidos de técnicos.”
“Pazolini não tem força no interior”
“Ele não tem penetração no interior do estado. Sempre humilhou os prefeitos, desprezou a AMUNES (Associação dos Municípios do Espírito Santo).
Se acha superior. É isolado. Não tem grupo. Vai ser massacrado se insistir nessa sandice de candidatura. Deveria recuar enquanto é tempo, senão vai morrer politicamente e virar apenas um delegado sem mandato.”

A sombra de Paulo Hartung
“O ex-governador Paulo Hartung, que deixou o cargo com baixa popularidade e foi o responsável pela tragédia da greve da PM em 2017, onde mais de 300 pessoas foram mortas e mais de 500 lojas saqueadas, agora aparece ao lado de Pazolini. Gravou vídeo com a vice-prefeita Cris Samorini e o secretário Gustavo Perim. Isso só mostra que o projeto está cercado de figuras que o povo já rejeitou.”
Denúncia contra servidores que fazem militância política durante o expediente
O ativista social Thór, o Pagodeiro do Amor, revelou que está prestes a protocolar uma representação junto ao Ministério Público do Estado do Espírito Santo contra servidores nomeados em cargos comissionados na Prefeitura de Vitória. Segundo Thór, esses servidores estariam utilizando o horário de trabalho para fazer militância política pró-prefeito, infringindo as normas administrativas e cometendo crime de desvio de função.
“Essas pessoas recebem salário público para trabalhar pela cidade, mas passam o dia disparando postagens em grupos de WhatsApp, promovendo o prefeito e atacando adversários políticos. Isso é ilegal, imoral e precisa ser investigado pelo Ministério Público”, afirmou o ativista.
Thór ainda declarou que possui nomes e provas suficientes para comprovar essas irregularidades e que não hesitará em levar o caso até as últimas consequências para garantir a transparência e o respeito ao dinheiro público.

Obras inacabadas, riscos em creches e maquiagem midiática
Thór, o Pagodeiro do Amor, também denunciou o estado precário e a maquiagem de diversas obras públicas conduzidas pela Prefeitura de Vitória sob a gestão de Lorenzo Pazolini. Segundo ele, há obras inacabadas em CMEIs (creches municipais) que colocam em risco direto a vida de crianças, professores e servidores.
“Tem creche com obra dentro funcionando, com criança transitando entre entulhos e poeira. Teve caso de curto-circuito na rede elétrica, colocando vidas em perigo. Isso é um absurdo completo.”
O ativista também criticou a chamada “inauguração” do Mercado da Capixaba, que, segundo ele, foi uma encenação.
“Inauguraram o mercado só para gravar vídeo, sem a mínima estrutura de funcionamento. Poucas lojas abriram, a maioria ainda está vazia, e o espaço nem foi inaugurado oficialmente. Foi tudo feito para alimentar a imagem de um ‘super gestor’, o que é uma farsa.”
Thór apontou ainda que as macrodrenagens espalhadas pela cidade são obras que parecem não ter fim, apenas alimentando construtoras com dinheiro público, sem a devida entrega à população.
“A cidade está cheia de buracos, tapumes, obras arrastadas que não entregam resultado. É um governo de fachada, que prioriza a imagem nas redes sociais, enquanto a população sofre com o básico.”
Capítulo Especial – “Pazolini é traiçoeiro, frio, calculista e satânico”
“Pazolini é traiçoeiro, frio, calculista e satânico. Ele não confronta ninguém de frente. Ataca na covardia, no silêncio.

É uma VÍBORA DA POLÍTICA CAPIXABA.
Usa as pessoas enquanto precisa e depois descarta como lixo. Está cercado de gente que odeia a favela, como o próprio Manato, que já falou que nos morros só tem vagabundo.”
Como será a sua relação institucional com o prefeito Pazolini, sendo ele o chefe do Executivo Municipal, enquanto você é presidente de uma comunidade?
“Temos que saber dividir as coisas. Institucionalmente, eu posso ter diálogo com ele, sim, em benefício da comunidade. Agora, eu não pertenço à corda que ele está fechando. Não tenho ligação política com ele. Se ele acertar, será elogiado. Se ele errar, será criticado. Minha lealdade é com o povo, com quem me colocou nessa função de representá-los, e não com projetos pessoais de poder.”
Conclusão de Thór, o Pagodeiro do Amor
“Eu não tenho medo da milícia digital que apoia o prefeito, porque eu fiz parte dessa milícia e sei o Modus Operandi deles.
Tenho um grande trunfo na manga para desmoralizar Lorenzo Pazolini para todo o Espírito Santo, na hora certa.
Esse projeto de Pazolini é perigoso. Ele se aliou a tudo o que sempre criticou.
Está cercado de pessoas que desprezam os pobres, os periféricos, os trabalhadores. O Espírito Santo não poderá cair na mão de pessoas erradas, de pessoas que vão usar o estado para oprimir municípios e perseguir pessoas.
O povo precisa saber quem é quem antes que seja tarde.”