Em uma atitude vista como imoral e um verdadeiro ato de esperteza contra o erário público, o prefeito reeleito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), e o vice-prefeito eleito, Cael Linhalis (PSB), receberão, a partir de janeiro de 2025, um aumento salarial exorbitante. Em tempos de crise econômica no Brasil, a medida levanta um intenso debate sobre a responsabilidade fiscal e o respeito aos recursos públicos.
USURPAÇÃO DO ERÁRIO PÚBLICO
Atualmente, o prefeito recebe R$ 15.362,73. No próximo mandato, esse valor será praticamente dobrado, saltando para R$ 29 mil, o que representa um aumento de 88,7%. O vice-prefeito, por sua vez, verá seu salário crescer de R$ 13.356,00 para R$ 25.230,00, um reajuste de 88,9%. Os secretários municipais também não ficam atrás, com seus vencimentos subindo de R$ 12.243,00 para R$ 22,9 mil, um aumento de 87%.
Esses reajustes foram fixados pela Lei Municipal nº 6.616/2022 e estão disponíveis no Portal da Transparência da cidade. No entanto, a recente proposta de aumento, ainda aguardando a avaliação da Prefeitura, tem sido amplamente criticada por diversos setores da sociedade. A decisão é considerada uma afronta à realidade econômica do País.
O recente aumento aprovado pela Câmara Municipal, cuja análise e sanção ainda dependem da Prefeitura, tem gerado debates acalorados sobre a administração responsável dos recursos públicos em Vila Velha. Até o momento, a prefeitura, liderada por Arnaldinho Borgo, não se posicionou oficialmente, enquanto sua assessoria enfatiza que o projeto é de iniciativa exclusiva do Legislativo e aguarda envio para avaliação.
A ausência de informações detalhadas sobre o impacto financeiro no orçamento municipal reforça as críticas da população e especialistas. Em tempos de desafios econômicos, a compatibilização de reajustes com a realidade fiscal do município se torna ponto crucial no debate, expondo a sensibilidade do tema na gestão pública.