A Liga Independente das Escolas de Samba (LIESGES), responsável pela organização do Carnaval Capixaba, tem sido alvo de críticas por sua falta de transparência e por manter um modelo fechado de contratos com prestadores de serviços. Este formato, sem a abertura de um edital de concorrência pública, favorece um pequeno grupo de empresas e limita a competitividade, prejudicando o evento e o mercado local. Além disso, a gestão financeira da Liga levanta questões sobre o destino dos recursos públicos e privados arrecadados, com acusações de má administração e falta de fiscalização.
A LIESGES tem um caixa pomposo e rentável anualmente com Patrocínios, Ingressos, Camarotes, Lounges, é muito dinheiro que não sabemos como é gerenciado já que não existem prestações de contas desse montante.
O Mercado Fechado: JBL e Dayan Mencer como Prestadoras Exclusivas
Dentro da LIESGES, duas empresas dominam os contratos mais lucrativos, sem a necessidade de passar por um processo competitivo de seleção: a JBL, responsável pela organização do evento e pela venda de ingressos, camarotes e captação de patrocínios, e a Dayan Mencer Sonorização e Estruturas, que também goza de privilégios devido a acordos informais segundo informações com a atual direção da Liga. Ambas as empresas têm atuado de forma exclusiva, sem a devida concorrência pública, o que cria um ambiente de mercado fechado, onde poucas empresas monopolizam as oportunidades.
O problema se agrava quando se observa a qualidade questionável dos serviços prestados, especialmente no caso da Dayan Mencer, que tem enfrentado críticas recorrentes por falhas no sistema de sonorização durante os desfiles das escolas de samba. Em várias edições do evento, o som ficou fora do ar inclusive por mais de uma hora, prejudicando o andamento dos desfiles e causando frustração entre as escolas e o público.
A Gestão Financeira: A Falta de Transparência e o Uso de Cheques
A LIESGES, embora não tenha custos diretos com a infraestrutura do carnaval, já que a Prefeitura de Vitória arca com essas despesas, ainda assim arrecada quantias substanciais com a venda de ingressos, camarotes, lounges e patrocínios. No entanto, o destino desse dinheiro é um grande mistério.
Segundo informações que chegaram ao Portal RedeNewsGrandeVitória, há suspeitas de que cheques, supostamente emitidos pela esposa de um dos empresários favorecidos pela Liga, foram utilizados para pagar parcelas das emendas destinadas às escolas de samba.
Esses cheques, se confirmada a veracidade das informações, indicam um possível uso impróprio de recursos destinados a outras finalidades, levantando ainda mais dúvidas sobre a transparência e a gestão financeira da Liga.
A falta de clareza sobre como os recursos são movimentados e administrados, além da ausência de um processo aberto de concorrência para escolher prestadores de serviços, gera um cenário propício para questionamentos e investigações mais aprofundadas do Ministério Público do ES.
Emendas e Sobras de Recursos: O Que Está Sendo Feito com o Dinheiro das Escolas de Samba
Outro ponto crítico é a maneira como a LIESGES administra as emendas recebidas pelas escolas de samba. Além da arrecadação com vendas de ingressos e patrocínios, a Liga, segundo informações retira uma parte das emendas destinadas às escolas. No entanto, o que é feito com essa sobra de recursos não é claro. A falta de prestação de contas sobre o uso dessas emendas e dos valores arrecadados contribui para um ambiente de opacidade financeira e abre margem para especulações sobre a utilização indevida de recursos públicos.
O Papel do Ministério Público: Fiscalização Urgente e Investigação
Dada a gravidade das questões envolvendo a falta de concorrência, a gestão financeira sem transparência e a possível utilização indevida de recursos, o Ministério Público deve realizar uma investigação rigorosa sobre a LIESGES. A exclusividade de contratos com empresas como JBL e Dayan Mencer, a falha contínua no serviço de sonorização e a falta de controle sobre as finanças exigem uma auditoria completa e uma análise detalhada dos processos da Liga.
Além disso, a suspeita sobre o uso de cheques para pagar parcelas das emendas das escolas de samba, emitidos pela esposa de um dos empresários Ligados s LIESGES que precisa ser esclarecida imediatamente.
O Ministério Público deve investigar a veracidade dessas informações e tomar as medidas cabíveis caso as acusações sejam confirmadas.
Conclusão: Rumo a um Carnaval Mais Justo e Transparente
O Carnaval Capixaba tem um grande potencial e é uma das maiores festas do Estado, mas, para que continue a crescer de forma sustentável, é fundamental que a LIESGES adote práticas mais transparentes, abra seus processos para concorrência pública e implemente um controle financeiro mais rigoroso. O fechamento do mercado, a falta de concorrência, a má qualidade dos serviços e os transtornos causados à comunidade local precisam ser resolvidos para que o evento se torne mais justo e representativo para todos.
Carnaval de Vitória 2025 – Preços
SEXTA FEIRA
Aquibancadas
Inteira R$ 80,00
Meia R$ 40,00
Social R$ 48,00
Mesas SETOR F, H
R$ 550,00
SÁBADO
Aquibancadas
Inteira R$ 120,00
Meia R$ 60,00
Social R$ 72,00
Mesas SETOR F, H
R$ 1.400,00
PASSAPORTE (SEXTA E SÁBADO)
Aquibancadas
Inteira R$ 180,00
Meia R$ 90,00
Social R$ 108,00
Mesas SETOR F, H
R$ 1.850,00
Lounges SETOR C
Camarotes Coorporativos SETOR K (SUPERIOR) R$ 12.000,00
Camarotes Coorporativos SETOR K (TÉRREO) R$ 13.000,00
DIRECIONAMENTO SEM LICITAÇÃO
Dayan de Andrade Mencer, um dos empresários mais proeminentes do setor de comunicação audiovisual em Vitória, tem se destacado por sua atuação no fornecimento de sonorização para eventos culturais de grande porte. Nos últimos três anos, sua empresa, a DM Áudio Visual, foi responsável pela sonorização dos desfiles das escolas de samba, em um acordo realizado sem licitação com a Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial do Espírito Santo (LIESGES).
Esse cenário levanta importantes questões sobre os critérios e processos de contratação adotados pela LIESGES.
A realização de contratos sem licitação pode suscitar dúvidas quanto à transparência e à igualdade de oportunidades para outras empresas do setor, gerando debates sobre a necessidade de uma gestão mais aberta e competitiva.
O modelo adotado até então pode implicar em desafios para a LIESGES, principalmente no que diz respeito à confiabilidade e à fiscalização das parcerias firmadas.
No contexto do Carnaval Capixaba de 2025, ainda não há confirmação oficial sobre a participação de Dayan Mencer e sua empresa. Entretanto, o nome da JBL, de propriedade da esposa do conhecido empresário Milton Abreu Lima, Juliana Barbarioli Laeber de Abreu Lima – Sócio -administrativo da JBL que já foi anunciada como a empresa responsável pela coordenação do Carnaval pelo terceiro ano consecutivo, novamente sem que uma licitação tenha sido realizada.
Essa prática recorrente de contratações sem processo licitatório acende um alerta sobre a gestão dos recursos destinados à cultura e ao entretenimento. Por um lado, a escolha de empresas com experiência comprovada pode ser vista como uma garantia de qualidade e continuidade nos serviços prestados. Por outro lado, a falta de licitação pode ser interpretada como um obstáculo à transparência e à participação de novos atores no mercado.
Diante disso, é relevante que a LIESGES e outras entidades envolvidas busquem um equilíbrio entre a eficiência operacional e o cumprimento das normas de transparência pública. Um processo mais inclusivo e transparente poderia fomentar a diversidade no mercado, incentivar a competição e trazer novas perspectivas para a gestão cultural do estado.
O futuro do Carnaval Capixaba dependerá, em parte, da forma como as contratações serão gerenciadas, garantindo não apenas a continuidade das festividades, mas também a confiança e o apoio da sociedade e dos profissionais do setor.
JBL UMA EMPRESA NOVA NO MERCADO, MAS TEM A SUPREMACIA DO CARNAVAL
A empresa Jbl Producoes foi fundada em 30/11/2021 e com razão social Jbl Producoes e Eventos LTDA, está localizada na cidade de Vitória do estado do Espírito Santo. Sua atividade principal, conforme a Receita Federal, é Agenciamento de profissionais para atividades esportivas, culturais e artísticas. Sua situação cadastral até o momento é Ativa
Somente com maior fiscalização, transparência e um processo de contratação mais inclusivo será possível garantir que o Carnaval Capixaba seja um evento que represente verdadeiramente a sociedade capixaba e o patrimônio cultural do Estado.