O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar a cantora gospel goiana Fernanda Rodrigues de Oliveira. Ela foi presa em agosto, acusada de envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. De acordo com as investigações, ela teria incitado a invasão de prédios públicos por meio de uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
Na época da transmissão, Fernanda Ôliver, como é conhecida, tinha 150 mil seguidores no Instagram. Atualmente, ela tem 30 mil seguidores. De acordo com Moraes, ela convocou extremistas para irem até Brasília no dia que antecedeu a depredação das sedes dos Três Poderes.
“Viemos convocá-los para que no dia 07 (sete) de janeiro, próximo sábado, estejamos todos em Brasília lutando pelo nosso país […] Contamos com você em Brasília! Lembrando que a partir de sábado será na Esplanada na Praça dos Três Poderes”, disse ela nas redes sociais, de acordo com Moraes.
Além disso, as investigações apontam que ela esteve no acampamento montado na frente de quartéis do Exército em Goiânia e Brasília e estava na capital federal no dia 8 de janeiro, de acordo com uma transmissão ao vivo da Esplanada.Ela realizou apresentações nestes locais e em outros pontos de concentração de extremistas. As canções entoadas por ela se tornaram uma espécie de “hino” nos acampamentos, de acordo com informações que correm na ação que está no Supremo.
Fernanda também esteve em Brasília na véspera do atentado contra a sede da Polícia Federal, que ocorreu no dia 12 de dezembro do ano passado. Como adiantou o Correio, em uma dessas apresentações, em 10 de dezembro do ano passado, na Esplanada dos Ministérios, o trio elétrico para os discursos e o “show” foi contratado ao preço de R$ 20 mil por vários manifestantes, inclusive sendo pago a dinheiro vivo.
A soltura dela ocorre a pedido da defesa. A cantora estava detida na Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia. Apesar da libertação, algumas medidas terão de ser cumpridas, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se ausentar do país, usar as redes sociais, manter contato com outros investigados e deve se apresentar à Justiça todas as segundas-feiras.