O presidente da Associação de Moradores do bairro Mário Cypreste, Wanderley da Silva Ferreira, mais conhecido como Thór, o Pagodeiro do Amor, anunciou que convocará sua diretoria para uma reunião no Bar do Apertadinho.
O objetivo é organizar uma audiência pública sobre a implementação do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre a associação e organizadores de festas, em articulação com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
“Está fácil demais fazerem graça com nossa comunidade. Eles anunciam grandes eventos, divulgam tudo nas redes sociais, montam estruturas, mas ignoram completamente a associação de moradores. Não nos convidam para o diálogo, nem para um debate justo. Mas isso vai acabar — por bem ou por mal. Essa associação precisa ser respeitada, e não será nenhuma instituição privada que vai bagunçar o coreto da nossa comunidade”, declarou Thór. “Até hoje, só a Federação de Kilômetro de Arrancada nos tratou com o respeito devido. O resto são aves de rapina, que vêm aqui apenas para sugar.”
Lembranças do Carnaval de 2024
Thór também relembrou, com indignação, um episódio ocorrido durante o Carnaval de 2024, quando foi procurado por um diretor da Liga para pegar restos de alimentos que seriam destinados como cestas básicas para a comunidade. “No fim, juntaram tudo e deu seis cestas incompletas. Logo depois, surgiram oito mil toneladas de alimentos com a Secretaria de Assistência Social e a Liga, mas nenhum recurso significativo chegou ao Mário Cypreste. Foi um verdadeiro escárnio com a nossa comunidade”, acusou o presidente.
Para 2025, Thór deixou claro que a postura da associação mudará: “Queremos a nossa parte, e isso precisa ser resolvido com ordem direta do prefeito Lorenzo Pazolini sobre a Liga. Disseram que iriam tirar o Carnaval do bairro, mas até agora não tiraram. 80% da comunidade querem a retirada do Carnaval do nosso bairro. Eles chegaram a ensaiar uma mudança para a área do Velho Aeroporto, mas a ideia acabou esfriando.”
Postura firme com autoridades
Thór reafirmou sua disposição em negociar apenas com as autoridades responsáveis, recusando qualquer aproximação com quem não considera confiável. “Não vou sentar com mafiosos. Vou me reunir com o prefeito Pazolini e a secretária Cíntia Schulz. O que é de direito da nossa comunidade terá que vir para as nossas mãos”, enfatizou.
Apoio do vice-presidente da Associação
O vice-presidente da Associação de Moradores, Jurandir Pereira da Silva, concordou com a necessidade de formalizar o TAC com o MPES: “Será uma maneira de garantir respeito e voz para a comunidade, algo que não tem acontecido nos últimos eventos.” Jurandir também destacou a atitude positiva da Federação de Kilômetro de Arrancada, que doou quatro mil toneladas de alimentos ao bairro, em contraste com outros organizadores.
